sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Poema


Digestão antiutópica

Num banquete incessante devoro -
Qual a harpia ao fígado insolente,
Meus alvares desejos de olimpos,
Em repasto bulímico e inútil.

Fome de deuses, que não se aplaca.
Rumino sonhos em baba ácida!

Após tal noite terrível, tez de pantera,
Que mísera alva, raquítica, se espera?

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