A corda mundo
Frouxos nós
corredios
quase desatados nós
estamos
Nós, cegos nós?
Que se nos amarra?
Sós,
Cada qual é fibra solta,
amontoado feixe,
que não se adere
a nós.
Nem baraço
nem laço
salvador.
Anódino,
cada traço,
se desfiando
lasso,
em derredor.
Soltos
Nós
Sós estamos
Nós, cegos nós?
Frouxos nós
corredios
quase desatados nós
estamos
Nós, cegos nós?
Que se nos amarra?
Sós,
Cada qual é fibra solta,
amontoado feixe,
que não se adere
a nós.
Nem baraço
nem laço
salvador.
Anódino,
cada traço,
se desfiando
lasso,
em derredor.
Soltos
Nós
Sós estamos
Nós, cegos nós?
3 comentários:
Josias,
Grande poema e com um título bem sacado.
Ontem lembrei de você. Estava escrevendo um conto (acabei de publicar no Estradar), onde o personagem havia escrito um poema para um amor da infância. No final, tinha a intenção de revelar o poema secreto do personagem. Tentei algumas vezes escrever, mas não é mesmo a minha praia.
Por isso pensei em você. Se tivesse tido mais tempo, proporia a você escrever o poema para publicar dentro do conto. Mas já estava a muito tempo sem publicar um texto e acabei mudando o final. Quem sabe de uma próxima vez.
Um abraço,
Dimas
QUE POESIA BOSTA!!!!!
Dimas, esse poema vai sair! Será uma honra.
Anônimo, o que se há de fazer?
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