domingo, 11 de novembro de 2007

Poema


A corda mundo


Frouxos nós
corredios
quase desatados nós
estamos
Nós, cegos nós?

Que se nos amarra?
Sós,
Cada qual é fibra solta,
amontoado feixe,
que não se adere
a nós.

Nem baraço
nem laço
salvador.
Anódino,
cada traço,
se desfiando
lasso,
em derredor.

Soltos
Nós
Sós estamos
Nós, cegos nós?

3 comentários:

Anônimo disse...

Josias,

Grande poema e com um título bem sacado.

Ontem lembrei de você. Estava escrevendo um conto (acabei de publicar no Estradar), onde o personagem havia escrito um poema para um amor da infância. No final, tinha a intenção de revelar o poema secreto do personagem. Tentei algumas vezes escrever, mas não é mesmo a minha praia.

Por isso pensei em você. Se tivesse tido mais tempo, proporia a você escrever o poema para publicar dentro do conto. Mas já estava a muito tempo sem publicar um texto e acabei mudando o final. Quem sabe de uma próxima vez.

Um abraço,

Dimas

Anônimo disse...

QUE POESIA BOSTA!!!!!

Josias de Paula Jr. disse...

Dimas, esse poema vai sair! Será uma honra.

Anônimo, o que se há de fazer?