Meu poema
A poesia seca em profundo silêncio:
o imenso deserto de palavras
e o branco absoluto do papel.
À morte da poesia
nem sequer um epitáfio.
O dizível sangra em hemorragia;
verte o nada, a língua,
num esforço gago e pífio.
Paralisa a pena
e fermenta apodrecido,
nisso,
o meu poema.
6 comentários:
grande geó! salve... e que poema bacana! aquelabraço, dr. e.
muito bom o poema. passa certa angustiante e árida fome de criação...
Ai Geó, da até um aperto no peito, essa angustia. Toda fermentação se não bem acompanhada...esplode!
Torço para uma esplosão de belos poemas.
Beijo
Geó,
Você voltou em alto estilo. E o poema carrega um pouco a culpa - e até mesmo a justificativa - pelo recesso um tanto forçado.
Parabéns pela volta!
Dimas
Poema relevante. E o detalhe da angústia que é criar não escapou à atenção dos leitores.
Nem acredito que você voltou!!! Ótima notícia, Geó!
E voltou pesado, denso, arrastando minhas recordações floridas do deserto sertão pernambucano.
Senti muito a falta dessa densidade toda.
Sê benvindo!
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