Poeminha de fim de tarde
Que pressa é essa
que sem vergonha
exige que o sol se ponha?
E nesse passo vai-se o dia
num tic tac que desvirtua -
por mero capricho da lua
Giro o ponteiro ao avesso
Meu tempo, sem faniquito:
aponta para o infinito
Que pressa é essa
que sem vergonha
exige que o sol se ponha?
E nesse passo vai-se o dia
num tic tac que desvirtua -
por mero capricho da lua
Giro o ponteiro ao avesso
Meu tempo, sem faniquito:
aponta para o infinito
7 comentários:
Ô tempo tão bom esse, de relógio sem ponteiro. Feito tempo de carnaval, tempo Dorival Caymmi e uma redinha na beira do mar... Bom te ler de novo.
Josias, o tempo ou a falta dele, parece ser também uma das marcas do nosso tempo, escravizamo-nos para/diante/para/por ele, parece que um dia de 24h, na verdade deve ter umas 12, como ele é escorregadio, fugidio e escasso, nesses tempos cheios de outros tempos...
Bacana a sua presença no Canto (o prazer é meu em tê-lo por lá, junto com a sua luxuosa e profunda análise do meu despretensioso poema), porque tens a exata medida do que desejo tocar, revelar; porque existe o imponderável na vida, e dele nenhum de nós estamos a salvo, nem mesmo os deuses e deusas se livram... De fato a Flor Inscrita na Pedra, é uma vida que a poesia revela.
Obrigada eu pela delicadeza da leitura.
Abraço.
;)
Este teu poema é algo assim...musical. Um poema despretensioso que nos aponta para o contorno do dia...às vezes dá mesmo vontade de girar o ponteiro ao avesso.
Bom ter você de volta.
Vamos adiante, tricolor!
Abraço.
Magna
Belo poema Josias.
=)
Camarada, cadê? Sentimos falta de tua escrita.
Abraço.
Magna
Josias,
para onde
ias
com o vento?
Lindo poema!
Beijos,
Maria Potiguar Maria
Um espetáculo!!!
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